domingo, 7 de setembro de 2008

Sim, eu teria me amado... para sempre. Agora, vá.

Prevejo que tempos de deprê me abaterão. Hoje tive momentos de felicidade, mas, conforme o dia e os eventos foram acabando, uma angústia foi me tomando. De fato, ela já esta mais presente do que desejaria.

Acontece que tenho uma inquietação interior que só não se aflora em todos os momentos da minha vida porque não a permito. Porque ela é incompatível com a felicidade. Porque ela é destrutiva. Mas sim, a alimento algumas vezes.

Permito-me morrer e me mato sem pudor. Tenho uma necessidade voraz de mudar, de repensar, de trocar de cara e de acessórios. Tenho uma urgência de me despir de tudo que sou e carrego comigo.

E depois renasço ou fujo do meu ex-ser pretendendo ser qualquer outra coisa, superficial e efêmera, na maioria das vezes. Por ora fujo, não quero pensar nas vezes que sou egoísta, nas coisas as quais me omito, nos sentimentos ruins que alimento ou que desperto nas pessoas. Não quero pensar em tudo isso que me torna humana, que me faz ter uma perspectiva humanista do todo e que me tira a esperança de qualquer coisa maior, em função da nossa incapacidade de sermos completamente extraordinários.

Depois pensarei sobre tudo isso e implodirei tudo aquilo que não for mais útil ao meu novo ser. Criarei novos valores e conceitos, mas todos abertos e oscilantes, como eu, e também porque não quero mais coleiras para meu ser. Não quero rótulos que limitem minha existência. Nem mais responsabilidades do que já tenho. Não quero opiniões para ter que defendê-las; quero apenas simplificar a minha essência, me tornar tão desguarnecida e pura que, por isso, incabível mudar.

6 comentários:

Danilo Sousa disse...

sabe como resolver esse tipo de problema ?

é só vc viver como uma criança brincando de ser adulto !!!

:*

Anônimo disse...

Viver é permitir-se. Quem não se permite vive na autopunição de não saber quem é e até onde pode (ou quer) chegar. Uma dia alguém disse que não sabia a fórmula para o sucesso, só sabia que nunca agradaria a todos. Para além, nunca sabemos qdo um gesto nosso é simples ou profundo e o qto ele toca o outro. Ser humano é viver na eterna responsabilidade para com o outro. Quem disse isso? Não sei... Mas se o outro não existissse, nenhum ato nosso seria errado (ou certo).

Nielle disse...

ual! que perspectiva....

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sintonia perfeita... escrevo aqui e vc acorda pensando em mim...

Danilo Sousa disse...

:/