terça-feira, 22 de julho de 2008

Seqüência de Imagens

It was one of those
days
when it's a minute away from snowing
and there's
this
electricity in
the
air, you can almost hear it. And this
bag was,
like,
dancing
with me.
Like a little kid begging me to play with
it. For fifteen
minutes. And
that's the day
I realize
there was this entire
life behind
things
,
and... this
incredibly benevolent
force, that wanted
me to know
there was no
reason to be afraid,
ever
. Video's a
poor
excuse, I know.
But
it helps me
remember... and I need
to
remember...
Sometimes there's
so much
beauty in the
world I
feel
like I can't take it, like my heart's
going to
give
in
.

sábado, 19 de julho de 2008

O poder de enganar dos publicitários...

Uma coisa é dizer que comerciais de bebidas alcoólicas na mídia não estimulam um consumo excessivo e inconseqüente do público. Discordo plenamente, mas isso não vem ao caso. Outra coisa é veicular um comercial de uma pretensa associação de propagandistas sugerindo que uma censura de tais comerciais (por conta de uns legisladores que acreditam na correlação positiva entre eles e o consumo) legitimaria o “DIREITO” de alguns consumidores transgressores de leis enquanto que privaria milhares de “pessoas de bem” dos seus direitos de acesso a comerciais TÃO bem feitos como os de bebidas alcoólicas, que proporcionam todas as informações necessárias para uma escolha consciente do melhor produto etílico (como se esse fosse a razão de ser desses comerciais em específico).

Uma coisa é argumentar em favor dos comerciais de bebidas alcoólicas. Outra coisa é perverter significados para convencer expectadores passivos...

Uma coisa é sugerir que um mundo sem vaidade em relação à estética seria ruim. A outra coisa é mostrar que nesse mundinho não haveria espelhos, todos se vestiriam de maneira igual, usariam o mesmo corte de cabelo, teriam a mesma forma de andar, de falar e os mesmos trejeitos; como se para acabar com o culto ao belo fosse necessário acabar com o belo.

Uma coisa é argumentar em favor do uso de cosméticos do Boticário. Outra coisa é perverter significados para convencer expectadores passivos...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O amor romântico

Chamem de trauma, covardia ou o que for, mas fato é: eu tenho medo do AMOR.

Existe um consenso sobre a grandeza desse sentimento e, em função dela, freqüentemente, atribuí-se ao amor o monopólio do sentido da vida. Por isso julgam-se infelizes aqueles que não se casam, aqueles que rompem relacionamentos duradouros, aqueles que não conseguem passar o DNA adiante através de filhos ou aqueles ranzinzas, que não estabelecem relações interpessoais concretas. Por isso também são tão famosos os escritos da escola literária Romantismo: eles são a concretização do ideal do AMOR enquanto razão de existência, é ele quem dá o colorido a natureza, o pulso ao coração, a movimentação ao cabelo da amada, a possibilidade da felicidade eterna. Sem o amor, nada mais justo que definhar pouco a pouco ou mesmo dar cabo à vida. Romeu, maior história de amor da literatura ocidental, por exemplo, não pensou duas vezes em se envenenar quando se deparou com o amor de sua vida, Julieta, morta.

Outra característica do AMOR é que ele nos deixa vulnerável. E não estou falando da “simples” entrega de si para outrem. Falo da ausência de controle sobre as situações, em conseqüência desse sentimento. Bem se vê isto a partir de Julieta, que foi capaz de alimentar um sentimento por Romeu, mesmo sabendo que ele representava o inimigo. E, teoricamente, ELA NÃO TEVE ESCOLHAS. Ela o amava, e, por isso, não tinha controle sobre suas ações e sentimentos.
Eu tenho medo do AMOR porque não quero ficar refém de um único sentimento para dar sentido a minha existência. A vida pode ser vivida e experimentada por inúmero outros sentimentos e eu quero a chance de escolher pessoalmente aquele(s) que realmente a faz(em) valer a pena.

Também não quero perder o controle sobre minhas escolhas em função do AMOR. Não quero um sentimento que me consuma tanto que impeça que outros sentimentos se manifestem ou se desenvolvam. Tenho amigas que se fecham quando namoram e eu sinceramente entendo que elas estão curtindo, amando e etc. Estando de fora da situação, peço a todas as outras amigas que puxem minha orelha caso faça a mesma coisa quando namorar, mas meu maior medo é, estando dentro da mesma situação, optar por, em nome desse tal de AMOR, colocá-las em segundo ou terceiro plano, e ainda achar que estou fazendo as melhores escolhas para mim.

Eu não! Quero um AMOR INVENTADO para mim. Grande que nem o original, mas não fulfilling; incentivador de aventuras e loucuras, mas não supressor da razão; e, sobretudo, humilde o suficiente para permitir a coexistência de outros amores e sentimentos ou garantir sua renuncia, quando for a melhor opção a ser tomada.