quarta-feira, 18 de junho de 2008

Do porque eu não gosto de futebol...

Quarta-feira a noite, poderia estar estudando, como deveria. Mas estou sem saco! E na TV está rolando amistoso com a seleção brasileira. Não assistiria se tivesse qualquer coisa mais interessante rolando (adoraria estar assistindo a um bom filme ou Grey’s Anatomy, por exemplo), mas não tem e tenho que me conformar. Logo no começo do jogo eu me dou conta que é o Galvão Bueno narrando. AFF DEUS! Falta de opção é uma coisa, né? Mas prossigo...

Mais alguns minutos rolam. Eu, que não estava prestando grande atenção, não sei como o Robinho conseguiu chegar à grande área sozinho. Acontece que ele chegou. Nesse momento, eram só ele, o goleiro e o gol livre. Robinho optou por driblá-lo e alcançar a melhor posição para chutar ao gol. No meio tempo que durou o embate entre os dois, o goleiro puxou (a meu ver, levemente) a camisa do primeiro. Isso não afetou em nada o desempenho do Robinho. Acontece que quando ele se livrou do goleiro, já haviam chegado outros jogadores argentinos, e contra eles, nosso jogador não teve o mesmo sucesso.

Tudo não passaria de uma situação normal, se o Galvão Bueno tivesse mantido sua boca fechada. Como ele deve ganhar por palavra falada, ele logo foi pensando em alternativas de ação que poderiam ter transformado o ataque do Robinho em GGGGGoooooooooooooooooooooooooOOOOOOOOOOOOOOOOLLLL!!!!! Uma delas foi utilizar-se estrategicamente daquele puxão de camisa para cravar um pênalti favorável ao Brasil. A sugestão do Galvão então foi que o Robinho tivesse se jogado no chão.

Incitar a malandragem em rede nacional para mim é demais. E ainda chegou ao cúmulo, no final do primeiro tempo, de um repórter perguntar ao jogador em questão o porquê de ele não ter se jogado. A resposta dele não poderia ser outra: “Não cabia eu me jogar naquela situação”. Acontece que frequentemente é. Assim como Galvão, muitas pessoas, inclusive jogadoras profissionais de futebol, pensam e agem como malandrinhos, se aproveitando daquilo que consideram oportunidade.

Para mim pênalti é outra coisa: são aquelas entradas brutais, nas quais os jogadores voam, se machucam, ou coisa parecida. Mas eu não entendo (e, se bobear, faço pouca questão de entender) de futebol e pênalti pode ser outras coisas também.

Daí entro na questão do porque não gosto de futebol. Não aceito que o time que jogou melhor tenha um resultado desfavorável. Também não aceito que um time vença porque tenha feito uma malandragem e tenha conseguido um pênalti quando não foi, ou um escanteio que não era pra ser, e assim por diante.

Não conseguiria sustentar uma vitória num gol feito por sorte, ou por malandragem. Nem conseguiria acompanhar um time que se sustenta mais na tradição que na competência. Mas essa sou eu...

Um comentário:

Fábio Shiraga disse...

Oi, Alice! Tudo bem?
Caí aqui via sitemeter. ;-)
Falta de opção é mesmo uma merda. Nesta mesma quarta, eu estava na frente da TV vendo o mesmo canal e ouvindo o Galvão Bueno falar as mesmas bobagens. Mas minha intenção não era ver o jogo. É que dias que eu volto do trabalho e tudo o que quero fazer é vegetar na frente da TV. Foi isso. Tem gente que manda recado pro Galvão, mas ele parece não ligar: http://www.fotolog.com/nowhere_man/13783593